15 de junho de 2008

Uma poesia ártica,claro, é isso que eu desejo.Uma prática pálida,três versos de gelo.Uma frase-superfícieonde vida-frase algumanão seja mais possível.Frase, não, Nenhuma.Uma lira nula,reduzida ao puro mínimo,um piscar do espírito,a única coisa única. Mas falo. E, ao falar, provoconuvens de equívocos(ou enxame de monólogos?)Sim, inverno, estamos vivos.

( Paulo Leminski )

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