4 de novembro de 2010

Estava eu na fila, quieta e sem muito raciocínio. Isso acontece com o cabeção em segunda feira normal, imagina, numa segunda depois de um feriado prolongado. Sem pensamentos.

Quieta na fila a observar a humanidade. Arte essa que adoro. E próximo a fila estava lá um pastor a pregar, ou melhor, a querer enfiar goela abaixo sua crença. Eis que vira o tal do pregador e fala que quem quer beber cerveja ou fumar maconha que faça, mas que os seguidores do senhor não fazem isso, e que essas pessoas mundanas vão todas pro inferno... Rá!!! Eu não tive culpa, foi automático, uma gargalhada e um FODEU. Lógico que todos me olharam, o que estou nem um pouco preocupada, até porque, faz tempo que sei que vou pro inferno.

Na realidade não é o inferno que me assusta. Assusta-me todas essas regras da sociedade, me assusta um mundo tão autoritário, me assusta ainda a ignorância da humanidade, me assustam as pessoas não serem felizes porque foram reprimidas desde pequenas para serem robôs perfeitos, me assusta ver tantas pessoas inseguras e problemáticas porque não conseguem se enxergar no espelho e preferem achar que o problema está ao seu lado, me assusta tantas pessoas que querem ditar como devemos viver, ditar o que nos faz feliz... Assusta-me alguém achar que tem o direito de me apontar o dedo e me dizer: NÃO PODE!!!!

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